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Ecobairro de verdade


Antiga zona portuária insalubre, no século XVIII Hammarby Sjötad ficou conhecido como “Pérola do Sul”, pois se tornou um destino popular de excursões dos habitantes da ilha de Södermalm, também no sul de Estocolmo.A área foi parcialmente destruída quando se iniciaram as obras da rodovia de Hammarby, e o solo oceânico do local foi preenchido com solo escavado, pedras e lixo como parte da área portuária planejada.Os planos, no entanto, não vingaram e as terras ficaram disponíveis para construções de galpões de estocagem e uso industrial, mas nenhuma empresa ou indústria conseguiu se estabelecer na área: ao invés disso, uma grande favela industrial começou a crescer, desordenadamente, sem cuidados com o meio ambiente. Constantes ameaças de demolição indicavam que a situação da área, que consistia, em sua grande parte de galpões metálicos, era de natureza provisória. A situação durou até 1998, quando quase tudo foi demolido para dar início ao eco-bairro Hammarby Sjöstad. Na época, a Suécia participava da competição para sediar os jogos olímpicos de 2004. Aceleraram-se os projetos e o planejamento: as Olimpíadas serviram como catalisadores das obras. Inicialmente, o objetivo era reduzir pela metade o impacto ambiental do futuro bairro em relação aos edifícios de Estocolmo, que foram construídos em 1990. Aspectos tais como ruídos, poluição, tráfego e resíduos foram estudados, resultando na demolição e restauração dos edifícios industriais, tal como a fábrica Diesel, que foi reformada e virou centro cultural e esportivo. A favela deixou numerosos danos no solo, e para assegurar que os futuros habitantes e trabalhadores do Hammarby não sofressem as consequências , a “City of Stockholm Environment & Health Administration ‘’ está monitorando a descontaminação do solo durante toda a construção do bairro, que está com o fim previsto para 2016, cuidando para evitar danos à saúde pública, assim como ao meio ambiente. Nas escavações, foram encontrados 130 toneladas de óleos e graxas e 180 toneladas de metais pesados. Ao fim do projeto, Hammarby Sjöstad terá 11.000 apartamentos para cerca de 28.000 pessoas e vai proporcionar trabalho local para 10.000 pessoas. Atualmente, já foram construídos 8.500 apartamentos, em edifícios que têm no máximo 5 andares e dão simultaneamente para a rua e para o parque, qualificando os espaços existentes. Trata-se de um trabalho de planejamento inédito, fruto da cooperação entre arquitetos, engenheiros e urbanistas. O transporte coletivo é o principal meio. De 25min em 25min, um barco faz a viagem de ligação entre o bairro e a ilha de Södermalm. Assim, 79% das pessoas vão trabalhar a pé, de bicicleta ou utilizando-se do transporte público. Isso permitiu reduzir a utilização do carro em mais de 40%. Tais números não seriam alcançados se a rede de transportes – em especial o elétrico – tivesse sido construída mais tarde, forçando a população a adquirir meios de transporte individuais, tais como carros. Hammarby Sjöstad responde a um programa ambiental com os seguintes objetivos:
- descontaminação e utilização dos solos já construídos
- materiais de construção sustentáveis
- ênfase no transporte coletivo
- limitação do ruído a 45 dB (por meio do sistema construtivo) e
- otimização dos serviços energéticos, de água e de resíduos.
É a primeira vez no mundo que se consegue reduzir o impacto ambiental em cerca de 50% numa superfície tão grande. Os objetivos fixados tiveram em conta as normas de 1990, de forma que hoje em dia seria possível fazer melhor. O projeto será duplicado brevemente em outros bairros de Estocolmo, tão degradados quanto o antigo Hammarby. O custo está à altura dos objetivos e a cidade está disposta a investir milhões de euros no projeto, a fim de enfatizar a sustentabilidade e virar exemplo para cidades de todo o mundo.



Eu quero morar em Hammarby Sjöstad!

Expo 2010 - Better city, Better life

Sediada em Shanghai, China, o 7° fórum de exposição mundial internacional apresentará mais de 55 projetos (quase duas vezes mais que o esperado) que exibirão melhorias nas práticas urbanísticas. Entre eles está a "Eco-House", localizada no sudeste de Xinzhuang, que mostrará o conceito de eficiência energética.

Com uma estrutura de 200 pavilhões, a construção deve terminar em março, sendo que 37 são alugados, 42 já estão construídos e 20 são "auto-construídos". Segundo o primeiro ministro chinês Wen Jiabao, o fato de a exposição ser sediada na china é dar uma chance para o páis e para o mundo, já que se encontra atualmente como um dos investidores pioneiros em construção e tecnologia.

A Expo 2010 atraiu a participação de 217 países e cerca de 40 dos pioneiros em urbanismo sustentável do mundo. Já foram vendidos mais de 8 milhões de ingressos (para 3 ou 7 dias) e 440 mil voluntários se apresentaram em diversas áreas.

Não fique triste se não puder participar, por que uma outra novidade lançada pela China é o Expo Shanghai Online, onde os visitantes podem interagir com os organizadores e participantes do evento, mesmo se não puderem pessoalmente. A versão em inglês do site entrou no ar dia 1° de janeiro.


Um outro link interessante mostra ao internauta uma vista de 360° do sítio em Shanghai.

Para mais informações, visite http://en.expo2010.cn/ , onde encontrará detalhes sobre o layout da exposição, dos pavilhões e imagens dos projetos.

Espacialidade, Conectividade, Originalidade e Sustentabilidade


Esse é o tema da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo - ECOS Urbanos. Com datas definidas, a BIA acontece entre os dias 31 de outubro e 6 de dezembro de 2009, (óbvia) e tradicionalmente realizada no Pavilhão da Bienal, Parque do Ibirapuera, São Paulo.

A edição número 8 da mostra tem como proposta as grandes transformações dos centros urbanos metropolitanos que sediam eventos de porte internacional, (Brasil na copa do mundo de 2014!) sendo e, c, o e s os quatro eixos que norteiam o conceito de tais mudanças, nas palavras do Arquiteto Bruno Roberto Padovano, curador geral.

"Esses megaeventos possibilitam que os governos, em suas três esferas e com parceria da iniciativa privada, processos de qualificação urbana, tanto nos aspectos ambientais quanto sociais, econômicos, culturais e espaciais." , palavras do curador.

A presidente IAB-SP, Rosana Ferrari, garante que o evento tem de se democratizar e afirma que a imprensa será convidada a discutir um assunto que não é pertinente apenas a arquitetos, mas sim a todos. Desta vez, a organização da Bienal quer provar que o evento pode ser democrático.

Os trabalhos serão divididos entre as categorias obra/projeto, como de costume, mas desta vez com uma diferença: ao invés de arquitetos nacionais/internacionais, serão classificados como em solo brasileiro/em solo internacional, tornando possível a inscrição do arquiteto em ambas
categorias. Workshops e palestras estarão presentes no evento, como de costume.

Maiores informações no site http://www.iabsp.org.br/

Fórum EcoTech

O maior evento relacionado a Sustentabilidade da Construção já realizado no Brasil.

http://www.forumecotech.com.br/

Alguns dizem que é tendência, outros dizem que é modismo. E você? O que acha?

Conferência das Cidades



9a Conferência das Cidades

Sustentabilidade nas Cidades Brasileiras



Dias 11 e 13 de novembro
Auditório Nereu Ramos
Câmara dos Deputados - Brasília


Informações: http://www.camara.gov.br/

Le mur vegetal, por Patrick Blanc

Patrick Blanc, botânico francês, se deu bem nessa onda de sustentabilidade. Desenvolveu suas técnicas de plantio e manutenção de vegetações verticais e logo ganhou as fachadas e salões de várias das mais importantes edificações do mundo. Além de ecologicamente corretos - purificando o ar - os 'vertical gardens' têm um incrível poder de proteção termo-acústica e, é claro, função estética. (Isso ai.. i mean, esse ai em cima é ele!)



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- Caixa Forum de Madrid (espetáculo de projeto herzog e de meuron, incrementado com Le Mur Vegetal)


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- Les Halles, Avignon (super charme)
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- Taipeh Concert Hall, Taiwan (um luxo!)
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E por falar em sustentabilidade..



Que tal projetar sua propria casa pensando em aproveitar a energia solar? O arquiteto alemão Rolf Disch, em seu HELIOTROP, pensou em absolutamente tudo. De forma circular, o edifício tem camada tripla de vidro em sua fachada - norte, leste, oeste, sul (?) - que gira para acompanhar o movimento do sol ao longo do dia. Nas varandas, os corrimãos se fundem em tubos que aquecem a agua usada dentro da edificacão. Enquanto isso, na cobertura, os paineis fotovoltaicos - tambem giratorios - transformam a
energia do sol em energia eletrica, produzinho de QUATRO a SEIS vezes a quantidade de energia necessaria para suprir todo o uso da casa..
Boa parte da estrutura e feita de elementos pre moldados e, por incrivel que pareca, a madeira e o principal material adotado no sistema construtivo. O BIG pilar central - com 14 metros de altura - suporta as instalações elétricas e ao seu redor, uma escada helicoidal leva a cada pavimento.

























Não-sustentabilidade

Sudesa flagra caminhão captando água do Córrego Vicente Pires

Agentes da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) flagraram na tarde desta segunda-feira (22/09) um caminhão captando água irregularmente do Córrego Vicente Pires, próximo a Estrutural. Segundo o sargento Irineu Alves Dutra que estava com a equipe na hora da apreensão, o caminhão extraiu cerca de oito mil litros de água. A perícia foi até o local e constatou crime ambiental. Segundo Dutra, o gerente administrativo da Pentag responderá por extração de recurso mineral sem licença. A pena para o crime é de seis meses a um ano de prisão, mais multa. Segundo a Sudesa a equipe passava pelo local quando avistou o caminhão. O veículo pertence a empresa Pentag Engenharia Ltda e segundo o motorista, Juliano Pereira dos Santos, a água seria usada para a obra de uma calçada no Setor Comercial Sul. A empresa informou na Delegacia do Meio Ambiente que o motorista foi até o rio para testar a nova máquina de extração e que desconheciam que esse tipo de captação era crime ambiental porque já viram outros caminhões fazendo a retirada.
(notícia do Correio Braziliense, postada no dia 22/09/2008.)


Esta não é a primeira ameaça à Área de Proteção Permanente (APP) do Córrego Vicente Pires. Em 2005 O Sistema Integrado de Vigilância e Conservação dos Mananciais (Siv-Água), para combater a ocupação desordenada do solo, tomou como medida a retirada de 95 construções de lotes de chácaras. As principais agressões constatadas foram o assoreamento do córrego, a contaminação do manancial por lixo, a destruição de nascentes, o surgimento de processos erosivos, o aterramento de solos hidromórficos (das margens do córrego), o desmatamento da vegetação nativa da faixa de 30 metros das margens. O estudo também comprovou que há uma redução da recarga das águas subterrâneas devido à exploração intensiva e desordenada do lençol freático, por causa dos muitos poços artesianos nas áreas ocupadas. Foram encontradas 17 nascentes em 38 lotes. Em 2006 a região passou por um processo de recuperação com a participação dos chacareiros e de detentos do Complexo Penitenciário da Papuda.
Eu não sei o que é mais indignante, o fato de algumas pessoas simplesmente acharem que estão acima da lei ou a vista grossa das autoridades. Um córrego como esse, cheio de nascentes, é de imensa importância para a região e, ainda assim, atrocidades como essas acontecem. Até hoje a região é desmatada por grileiros e parece que precisamos de um prazo mínimo de um ano para a tomada de alguma providência. Algumas pessoas dedicam suas vidas ao estudo e preservação dessas áreas e existem muitas outras que, simplesmente, não se importam. Quando contei para uma amiga minha sobre o ocorrido me doeram os ouvidos quando escutei: “ah, mas 8 mil litros nem é muita coisa”. Mas se esquece que somente o caminhão que foi flagrado no local que havia extraído essa quantidade. Quantos outros caminhões já não fizeram o mesmo? Segundo o depoimento acima, caminhões de outras empresas foram vistos na mesma prática criminosa. Será então que 8 mil litros de água é pouca coisa?
Está na hora do alguma providência ser tomada! Como arquitetos, devemos lutar contra a ocupação de áreas de preservação, contra construções ilegais, contra práticas ilegais em construções. Como cidadãos, devemos nos conscientizar das conseqüências de nossos atos e ajudar a proteger a nossa cidade. A cidade é de todos e, infelizmente, a preocupação só aparece quando alguma coisa começa a invadir o nosso espaço. Aqueles chacareiros só passaram a criar consciência ambiental depois da ameaça de terem as suas casas derrubadas. Apenas uma ação preventiva teria evitados todos os seus transtornos. Vamos, então, fazer a nossa parte e cultivar o pensamento sustentável.

Quem tiver mais informações sobre o Córrego Vicente Pires, sobre preservação/recuperação de APP’s, por favor, contribua.

Tema do mês - Arquitetura sustentável

Esse post, o primeiro do tema, é uma breve definição e um breve histórico.


O que é Arquitetura sustentável?

Também denominada bioarquitetura ou arquitetura ecológica, procura utilizar maneiras de prevenir os impactos ambientais que podem ser gerados em uma construção. Em linhas gerais, a arquitetura, em sua essência, tem o papel de manter e gerar o bem-estar da sociedade, promovendo meios de garantir a satisfação dos aspectos sociais, culturais e econômicos. A Arquitetura Sustentável deve não só minimizar os impactos gerados ao Meio Ambiente, mas, especialmente, integrá-la aos ciclos naturais da biosfera de forma a criar efeitos positivos, sendo um agente renovador, reparador e restaurador.

Histórico

Na década de 70, a crise do petróleo incentivou a busca de novos sistemas passivos aproveitamento do clima e da natureza – Arquitetura Solar, conseguia atingir as metas de economia de energia, mas nunca de conforto ambiental. Nos anos 80, surgiu a Green Architecture e, junto com ela, os laboratórios de bioclimática. Era mais equilibrada no desempenho energético e no conforto térmico. A partir da década de 90, tem início o movimento de desenvolvimento sustentável, tendo como marco a Eco’92 – Arquitetura Eco-eficiente, que utiliza fontes alternativas de energia em conciliação com o conforto ambiental. Passa a se preocupar com a qualidade da água, do ar, com a gestão de recursos e de sobras etc. A partir do ano 2000 os conceitos de sustentabilidade se tornam muito mais específicos:

Sustentabilidade econômica: lucratividade e crescimento através do uso eficiente de recursos (mão de obra, materiais, água e energia).

Sustentabilidade ambiental: evitar efeitos prejudiciais ao ambiente através de uso cuidadoso de recursos naturais, minimização de resíduos, proteção e melhoria do ambiente.

Sustentabilidade social: responder às necessidades dos “atores sociais” envolvidos no processo de construção (do planejamento à demolição), incluindo alta satisfação do cliente e do usuário, fornecedores comprometidos ambientalmente, respeito aos funcionários e comunidades locais.