House O by Sou Fujimoto

Essa casa de 129m² está localizada em Chiba, Japão, com autoria da Sou Fujimoto Architects. Infelizmente a cidade de Chiba foi atingida pelo tsunami no dia 11 de março e não mais existe. 










The Flipper Bridge


Solução encontrada para ligar Hong Kong, onde os carros andam do lado esquerdo da rua, ao resto da China, onde os carros andam do lado direito.

Pitch's House


Abrindo 2012, mais uma postagem rápida, porém elegante. Já devem ter percebido a minha paixão por concreto aparente, então nada melhor que começar o ano com um projeto do espanhol Inaqui Carnicero. A casa é composta por blocos de concreto perfeitamente adaptados a topografia. Seu interior é ornamentado com madeira, o que deixa o espaço mais aconchegante. Outro grande favorito é o fato de as grandes janelas emoldurarem a paisagem de forma discreta. 










Integral House

Depois de um longo período de ausência devido a um surto de desespero-pré-monográfico que afetou as escritoras desse blog e nossos amigos próximos, vem ai um post super leve, curto, acessível, com muitas imagens pra quem não gosta de ler:

Essa é a casa de um professor de matemática, Dr. James Stewart (milionário, claro), projeto da dupla Brigitte Shim e Howard Sutcliffe, em Toronto, Canadá.






Brasília, uma boa idéia





Um pouco atrasada, mas jamais poderia deixar de prestar mais essa homenagem aos nossos grandes mestres!
Há um ano atrás, falei do céu azul maravilhoso, da arquitetura leve e inédita que temos o prazer de presenciar todos os dias. Doce privilégio de nós arquitetos, que temos o poder de delinear a continuidade da cidade planejada, de ajudar a construir o futuro de quem vive e de quem vai viver aqui.


"Quem mora numa superquadra do Plano Piloto tem de acordar todo dia, abrir a cortina e agradecer ao nosso senhor Lucio Costa por ter lhe concedido, generosamente, o privilégio de morar num lugar inventado como um presente da natureza e da civilização para seus moradores. As superquadras são o prato principal do banquete que o doutor Lúcio preparou para quem escolheu viver em Brasília.
Ele queria uma cidade que tivesse a envergadura de uma capital - por isso a Esplanada, os Três Poderes, a monumentalidade das áreas destinadas a abrigar a burocracia do Estado. Mas queria também uma cidade acolhedora, bucólica, docemente interiorana, porém, intensamente pensada e planejada para o bem estar de quem nela vivesse.
Primeiramente, doutor Lucio traçou o Eixo Monumental. "Mas para a cidade funcionar tem que ter habitantes, os burocratas, eles têm que morar. Então achei claro criar um outro eixo ortogonal - perpendicular ao primeiro - que seria meio curvo para adaptar-se aos limites da área, da topografia do terreno", contou ele em uma entrevista à pesquisadora Ana Rosa de Oliveira, em 1992. Estavam traçados o Eixão e os Eixinhos.
"Aí surgiu um problema: como conciliar a escala residencial, ao longo desse eixo, com a escala monumental do eixo principal?" Pergunta fundadora, que teve como resposta aquela que é considerada a melhor invenção de Lucio Costa, as superquadras.
Acompanhe o racioncínio ide doutor Lucio: "Então me ocorreu a idéia de construir quadras grandes, que eu chamei de superquadras - pois as quadras normais têm de 150 a 200 metros quadrados e eu propus quadras de 300 metros quadrados, formando assim uma cadeia, sequência onde eu preservei vinte metros de toda a periferia das quadras quadriláteras para plantar dois renques de árvores, que com o tempo, formariam uma verdadeira muralha verde, definindo a quadra."
E veja que descrição mais lírica das fileiras de árvores que hoje cumprem o destino desenhado por doutor Lucio: "Era diferente da muralha medieval de pedra,era uma muralha verde que se mexia com o vento, uma muralha viva, você vendo através dos troncos." O sonho-superquadra de Lucio Costa ia mais longe do que a realidade pode dar conta: "Cada quatro quadras constituíam uma área de vizinhança, quer dizer, com as facilidades de comércio local: igreja, cinema, colégio secundário, escola primária estariam dentro de cada quadra." A área de vizinhança só existe nas 108/109, 308/309 sul. Foi preciso sonhar com arrojo e ousadia para que a realidade, na sua inevitável aterrissagem, pudesse concretizar pelo menos parcialmente a utopia do doutor Lucio.
As superquadras, com os pilotis que são ao mesmo tempo o quintal das crianças, o ponto de encontro dos adultos e a calçada pública dos pedestres, são a solução de moradia onde o sentido de coletividade sopra aos quatro ventos. Onde não há muralhas segregadoras e sufocantes. Onde as árvores e os passarinhos invadem a janela, onde quem quiser que escolha seu próprio percurso de pedestre, porque o chão está (ou deveria estar) desprovido de obstáculo, onde o comércio é logo ali, onde a vida é muito mais humana. É ou não é um privilégio?"

Só em caso de amor - 100 Crônicas para conhecer Brasília, de Conceição Freitas


Parabéns, Brasília!

Kamakura House - Foster & Partners



"a natureza, por si só, é mais bonita, se comparada a algo feito pelo homem"

Desenhada para um colecionador de arte budista, a casa foi concebida como um retiro moderno, com influências distintamente japonesas.
Uma série de paredes estruturais organiza o interior dos três blocos, articulados por paredes perpendiculares, que abrigam as funções de serviço.
As paredes principais são revestidas com pedra reconstruída, enquanto blocos de vidro, feitos de televisões recicladas, difundem a luz. A superfície do piso é revestida com azulejos chineses antigos e a piscina coberta com pedras vulcânicas.

A circulação é organizada por uma sequência de vistas, que vão de breus a quartos completamente iluminados, revelando o entorno e a extensiva coleção de antiguidades e arte moderna do cliente.






11_dez_2010

E depois de muito tempo sem aparecer por aqui, venho parabenizar todos os arquitetos pelo seu dia! Aqueles que trabalham muito, aos que trabalham pouco, aos que rabiscam os guardanapos do restaurante, aos que andam com seus bloquinhos, aos que são fascinados por livros, aos que são viciados em imagens, aos que se emocionam com a grandeza dos sentimentos traduzidos em espaços. Enfim, aos profissionais que criam sensações, lidam com sonhos.

"Sou arquiteto,
Aquele que dizem ser engenheiro frustrado,
Decorador disfarçado,
Esquisito, meio pirado,
Às vezes alienado, outras, por demais engajado;
Às vezes de Havaianas, outras engravatado.

Sou arquiteto.
Sou poeta,
E sou muito mais que um sonhador;
Ah! pudesse eu ter meus sonhos de volta,
Mas ainda sou um aprendiz na escolha da vida;
Dominei a forma, distribuo espaços,
Mas muitas vezes me sinto fora de esquadro,
Perdido em linhas paralelas demais,
Numa escala indefinida.

Mas sou arquiteto,
Sou poeta,
E sou muito mais que um sonhador,
Porque possuo em cima da velha prancheta,
Projetos para todos os sonhos;
Casas para abrigar um novo amor;
Caminhos para chegar ao arco-íris;
E jardins para o aconchego do entardecer..."

Lienne Liarte

Architecture from wahliaodotcom on Vimeo.